Casos de Sucesso
CASO DE ESTUDO I: PAPATESZERI TÉGLAIPARI. DO FORNO HOFFMANN À FÁBRICA MODERNA EM FASES
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Nos princípios do século XXI, a cerâmica PÁPATESZERI TÉGLAIPARI de Pápateszer (Hungria) consistia num forno Hoffmann e um secador natural em prateleiras, com uma produção diária de umas 50 tn/dia, só podendo funcionar entre 6 e 8 meses por ano devido ao processo de secagem. Tratava-se portanto de um negócio de baixo volume e com um peso muito importante da mão de obra. O volume de negócios era portanto moderado, não podia gerar fundos próprios suficientes para realizar investimentos importantes e o financiamento naqueles anos na Hungria era caro e escasso.
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A cerâmica no início do séc. XXI
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Em 2008, no âmbito do arranque do forno túnel, teve lugar um evento de inauguração da nova fábrica com a presença de um grande número de ceramistas do país.
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Neste contexto, os proprietários do negócio, detido maioritariamente pela família Valdinger, decidiram que, apesar das limitações, devia ser dado um passo em frente. A sustentabilidade do negócio passava por produzir maiores volumes em meios modernos e mais eficientes. Os pontos chave para superar as limitações no momento de encarar o investimento necessário foram dois: por um lado, a cerâmica conseguiu financiamento parcial de fundos europeus e, por outro lado, a BERALMAR, que já era fornecedor da PÁPATESZERI TÉGLAIPARI (tinha instalado queimadores de gás no forno Hoffmann), propôs uma fábrica moderna que seria executada em 4 fases:
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- Fase 1 (2004): construção de um secador semi-contínuo com plataformas de modelo GARBÍ. Este primeiro investimento consistiu na construção de 50% do secador projetado, o que permitiu aumentar a produção para 120 tn/dia, mas sobretudo permitiu trabalhar durante todo o ano, multiplicando a produção anual da fábrica por aproximadamente 5.
- Fase 2 (2007): construção de um forno túnel modelo PRESTHERMIC O forno túnel de 72,45 metros de comprimento, 3,4 de largura interior e 1,9 metros de altura útil foi projetado para uma produção máxima de 250 tn/dia e incluía um pré-forno que não foi equipado nem era utilizado naquela altura. Sem o pré-forno em uso, que acrescentou 18,45 metros, a produção máxima seria de umas 200 tn/dia, porém a produção global da fábrica estaria limitada pela capacidade do secador.
- Fase 3 (2012): ampliação do secador. Duplicou-se o secador para conseguir uma capacidade de secagem até 250 tn/dia.
- Fase 4 (2014): equipamento do pré-forno. Finalmente foi equipado e colocado em funcionamento o pré-forno para atingir uma produção de 250 tn/dia.
Esta execução faseada do projeto permitiu que cada investimento pudesse ser gradualmente amortizado e que cada investimento representasse um aumento significativo de volume de negócios e de eficiência da produção.
Além disso, em 2014 a cerâmica apostou no consumo de coque de petróleo micronizado com a instalação de um sistema MICROMATIC da BERALMAR, que permitiu aumentar ainda mais a competitividade do negócio.
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Os diretores da BERALMAR acerca do novíssimo forno.
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Deste modo, num prazo de 10 anos e à velocidade determinada pelo mercado e outras circunstâncias, a PÁPATESZERI TÉGLAIPARI passou de uma cerâmica manual com produção sazonal e elevados gastos térmicos para uma cerâmica de volume médio, moderna, eficiente e com muito futuro.
Dá-se ainda o caso de ser uma cerâmica que goza de uma gestão de qualidade, com uma política de manutenção correta e uma produção de pequenos formatos em termoargila (marca BAKONYTHERM).
Trata-se assim de um caso de êxito e de uma bela história que, apesar de não se tratar de um projeto de grandes dimensões, é especial motivo de orgulho para a BERALMAR.
O próximo caso de estudo será publicado na Newsletter n.º 108 de outubro de 2016.
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Empresarial
SIMPÓSIO DA BERALMAR EM TEERÃO
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No passado dia 16 de julho realizou-se um simpósio cerâmico em Teerão (Irão), organizado pela BERALMAR.
A jornada reuniu cerca de 120 participantes de cerca de 80 cerâmicas de diferentes regiões do país num hotel central da capital persa, com quem a BERALMAR teve oportunidade de partilhar diferentes tecnologias que são aplicáveis às necessidades da indústria cerâmica local. Assistiram também ao simpósio como convidados o Ministério da Indústria, Minas e Comércio, a Associação Nacional de Ceramistas, assim como representantes de diferentes associações regionais.
O evento central do simpósio consistiu numa apresentação técnica a cargo do responsável do mercado iraniano, Xavier Julió, e de Artur Messaguer, engenheiro chefe da BERALMAR e contou também com a participação do diretor geral da BERALMAR, Ramon Sarió, que foi responsável pela introdução e conclusão do evento.
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Ramon Sarió na apresentação do simpósio
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Embora o simpósio tenha cumprido o seu propósito de informar os participantes sobre a forma como a BERALMAR pode colaborar na otimização dos seus processos de produção, o conhecimento circulou nos dois sentidos e os delegados da BERALMAR puderam tomar nota de muitos inputs que serão úteis na hora de apresentar soluções. De todas as formas, tal como os participantes puderam constatar durante o simpósio, antes da celebração deste a BERALMAR já possuía um bom conhecimento sobre a indústria cerâmica iraniana e as especificidades da sua argila, os formatos produzidos, etc., já que se trata de um mercado que a BERALMAR trabalhou intensamente até ao seu isolamento internacional em 2006. Felizmente que o clima geopolítico mudou nos últimos meses, a economia iraniana encontra-se numa fase avançada de normalização das relações diplomáticas e comercias com a comunidade internacional e os ceramistas iranianos podem voltar a colaborar e a trocar conhecimentos com os fornecedores com total liberdade.
O simpósio foi um êxito global, tanto em termos de participação como pelo enriquecimento mútuo entre os oradores e participantes, com o que esperamos puder colaborar durante muito tempo.
Aproveitamos para agradecer o esforço organizacional aos nossos colaboradores locais e a todos os participantes pela sua ajuda.
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A NEWSLETTER DA BERALMAR, AGORA TAMBÉM EM PERSA
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A partir desta edição, a Newsletter da BERALMAR conta com uma nova versão: a edição em língua persa.
O persa é uma língua indo-europeia falada no Irão (oficialmente conhecido como farsi), Afeganistão (onde é conhecido como dari), Tajiquistão (onde é oficialmente conhecido como tayiko desde a época soviética e se escreve com o alfabeto cirílico), Uzbequistão, Bahrein, Iraque, Azerbaijão, Arménia, Geórgia e sul da Rússia e países vizinhos que estiveram sob influência persa.
O persa conta-se entre os idiomas mais falados no mundo: atualmente conta com uns 110 milhões de falantes e goza de um estatuto oficial no Irão, Afeganistão e Tajiquistão.
Com esta nova versão, a Newsletter da BERALMAR é já distribuída em 14 idiomas a quase 3.000 destinatários.
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Principais áreas com falantes nativos de persa, incluindo dialetos
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